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Como grandes empresas se adaptaram aos novos tempos


O mundo está em constante mudança em todos os seus aspectos e, por mais imperceptíveis que sejam essas mudanças, elas estão lá. Basta pensar em como era a sociedade, como as pessoas agiam, quais tecnologias haviam e muito mais. Agora compare com os dias de hoje, quanta coisa mudou e teve que se adaptar aos novos tempos.

Não se pode afirmar o momento exato de uma mudança pois ela é gradual. Acontece pouco a pouco e ninguém percebe. O fato é que o mundo mudou, as interações sociais mudaram e as necessidades das pessoas mudaram. As grandes marcas precisaram aceitar, entender e agir de acordo com esse novo panorama. Não é raro vermos empresas que pensávamos que seriam eternas fecharem por não entenderem isso, como foi o caso da Atari e da Kodak, entre muitas outras.

Algumas mudanças são naturais e apenas seguem o ritmo da sociedade, outras precisam acontecer por necessidade. Um exemplo perfeito disso é a pandemia que se instaurou devido a Covid-19. As pessoas e empresas precisaram se adaptar e, até mesmo, se reinventar para poder acompanhar os tempos e sobreviver.

Nesse post, a Paulista Júnior reuniu e analisou como grandes empresas como Amaro e Nubank nasceram e se adaptaram seguindo a nova dinâmica de mercado ocasionado não apenas pelas crise mas pela sociedade em si.

Amaro, a moda do futuro

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Criada em 2012 por três empreendedores chamados Lodovico Brioschi, Dominique Oliver e Roberto Thiele, a marca seguiu o caminho inverso das outras do mesmo ramo, ela nasceu exclusivamente para o mercado digital.

Após estudarem todas as verticais de consumo e as tendências do mercado emergente brasileiro, os fundadores perceberam que o e-commerce, na época, estava em seu início porém em plena ascensão. Sendo assim perceberam que, em pouco tempo, seria um forte meio de compras.

Foi apostando nisso que criaram uma loja inteiramente digital seguindo os moldes D2C (direct to consumer). Tal método consiste em anunciar seus produtos próprios em catálogos ou canais específicos com uma entrega própria até o destinatário final, sem passar por terceiros. Assim, a Amaro é responsável desde a criação dos designs e fabricação até a entrega.

Analisando os dados de compras online, os fundadores perceberam que 96% das compras no mercado têxtil aconteciam em lojas físicas e apenas 4% em lojas online. Eles perceberam que as outras marcas usavam o mercado digital porém de escanteio. Foi nessa fator que decidiram direcionar suas estratégias e investir.

Oferecendo mais do que os concorrentes

Então, a Amaro desenvolveu os melhores meios e técnicas para dominar esse mercado e se adaptar aos novos tempos. Amaro se assegurou da qualidade dos produtos e dominou toda as cadeias de comunicação, marketing e vendas. Dessa forma, possibilitou falar diretamente com o consumidor, criar um vínculo de fidelidade e coletar seus dados. É a partir desses dados coletados que o time da marca cria as melhores peças de acordo com a necessidade dos consumidores e, assim, evita estoques.

Após um crescimento absurdo da Amaro, foram criados em 2017 os Guide Shop. Os Guide Shop são pontos físicos sem estoque, onde os pedidos e compras são feitos através de dispositivos eletrônicos instalados na loja. Dessa forma, a Amaro uni o mundo o físico e o virtual em uma coisa só. Nos Guide Shop, a experiência é física e a transação é digital.

A marca ainda não parou de crescer. E hoje ela conta com mais de 350 funcionários, produz mais de 10 mil peças por ano e já tem cerca de 853 mil seguidores no Instagram.

Seu sucesso foi possível pois eles não quiseram ser apenas mais uma marca de roupa, eles quiseram oferecer inovação, conforto, qualidade e comodidade aos clientes. E tudo isso eles encontraram no mundo digital. viram a oportunidade perfeita, mesmo estando apenas no início.

A mistura do e-commerce, lojas físicas e uma relação direta com o cliente criou um modelo futurista para a moda brasileira. E, diferente das outras lojas, a Amaro vê físico e digital como algo análogo, não como algo a ser deixado de escanteio.

Nubank, o irreconhecível cartão roxinho

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Nubank é uma fintech criada em 2013 por David Vélez, hoje atual fundador e presidente. Após anos de investimentos em diversos negócios ao redor do mundo, David estudou o mercado dos países emergentes e viu no Brasil grandes oportunidades de iniciar um negócio promissor.

A ideia surgiu numa viagem ao Brasil tentando abrir uma conta bancária e se deparando com vários inconvenientes e obstáculos. Queria iniciar um banco do zero que fornecesse comodidade, inovação e facilidade, assim surge a Nubank.

Estudando o mercado e a sociedade brasileira, Vélez percebeu que o Brasil estava entre os cinco primeiros países em praticamente todas as redes sociais. E, assim percebeu que o mundo digital seria um negócio promissor em alguns anos aqui no país. David teve a ideia de criar um banco exclusiva e unicamente digital que pudesse oferecer agilidade, comodidade e facilidade aos clientes. E, além disso tudo, que não tivesse taxas no cartão de crédito. Vélez criou um business para resolver seu próprio problema.

Inovando com soluções

Trabalhando em sua ideia, a equipe do Nubank queria atingir, primeiramente, jovens que viam o banco como algo ultrapassado.
E deu certo. A Nubank chegou e deixou todos os bancos preocupados, pois se tratava de uma revolução nos padrões que o Brasil estava acostumado. Enquanto todos se acomodaram com aquele pensamento de “sempre foi assim”, a Nubank chegou e ofereceu algo jamais visto.
“Estamos liderando uma revolução com um produto tão chato quanto um cartão de crédito”, disse Vélez em uma entrevista ao podcast Like a Boss.

O que a Nubank fez foi inserir no mercado algo extremamente novo, útil e moderno e, assim, se adaptar aos novos tempos. Começando apenas com cartão de crédito, passando para milhagens e depois conta corrente.

A startup começou inovando e não para de se adaptar. Com a pandemia instaurada pelo Covid-19, a Nubank criou um fundo para seus clientes obterem auxílio psicológico e telemedicina. Também fechou uma parceria com o Ifood e Rappi para doar fraldas às pessoas necessitadas. Tal atitude cria um posicionamento de marca extremamente positivo. O a Nubank fez foi fazer com que seus ideias e valores fossem expostos a seus clientes gerando maior lealdade.

Moral da história

Em suma, ser uma grande empresa, vender muito, ter ótimos índices não assegura nada. Precisamos estar sempre inovando e acompanhando a sociedade e o mercado. Não podemos nos apoiar no comodismo e pensar que as coisas nunca vão mudar.

Muitas marcas estão sobrevivendo à pandemia e mantendo um bom ritmo nas vendas e serviços pois adaptaram suas formas e práticas. Um exemplo disso são os Correios que descartam suas pranchetas e canetas. Agora eles confirmam a entrega através de dispositivos eletrônicos, sem nenhum contato físico com o destinatário. Além disso, há diversas lojas que aderiram em suas redes sociais e sites a compra via WhatsApp. Dessa forma, facilitam a transação, dinamizam os processos e se adaptam aos tempos.

Precisamos entender o mercado e suas tendências e não sermos surpreendidos com a chegada de uma crise. Não podemos ficar estagnados achando que nada vai mudar. Precisamos nos inovar e reinventar constantemente porque é exatamente isso que o mundo está fazendo. Para muitas pessoas sair dessa zona de conforto e inovar pode parecer assustador mas é necessário, são de ideias inovadoras que o mundo precisa.

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